sábado, 24 de setembro de 2011

Sonho de uma noite de Outono

                Estou só. Sinto medo. Tenho que fugir. Depressa, antes que me encontrem porque, se o fizerem, não sei o que pode acontecer. Uma imagem horrível passa-me pela cabeça: no pior dos cenários, podem torturar-me. A morte seria preferível a todo esse sofrimento. Continuo a fugir, sem descanso mas sinto o corpo ceder. Faltam-me as forças e estou cansada e, apesar de querer dormir, sinto que não o devo fazer pois corro o risco de ser encontrada. Continuo a correr, não sei por onde passo porque está escuro, não se vê nada. Ao longe vejo uma luz vermelha, numa casa isolada no monte. “Não pode ser assim tão mau” e dirijo-me para lá, pensando que pode haver lá gente simpática que me dê abrigo por uma noite. Ou apenas algumas horas. Só quero um sítio quente para ficar. Não quero comida nem nada: a única necessidade do meu corpo agora é o sono.
                Quando, finalmente, consigo alcançar a casa, dou conta que é um palheiro. Á porta, está um jovem bêbedo, a dormir.
                -Ei, tu aí, acorda!
                Nada, continua a ressonar que nem um porco. Bem, pelos vistos, vou ter que dormir aqui. Mas também não o vou deixar aqui na rua, ao frio. Um ser humano é também um animal mas que não tem mecanismos de defesa para se proteger do meio, por vezes agreste, que o rodeia. E ainda por cima bêbedo.
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                Não consegui dormir. A adrenalina que me corre nas veias impede-me de adormecer depressa e de me manter a dormir durante mais do que uma hora seguida. Subitamente, por entre os roncos regulares e pesados do sujeito embriagado, começo a ouvir pessoas falar. São eles. Não posso fugir, abatiam-me assim que me vissem. Tenho que me esconder. Um monte de palha parece um esconderijo ideal para mim, mas e o outro? Se eu o deixar ali, podem fazer-lhe mal também. A muito custo, puxo-o também para monte da palha “Espero que não tragam cães com eles”.
                Eles passam. Trazem botas pesadas, com aço na ponta e na sola, que ressoam a cada paço. Falam sobre futebol, quase distraídos dessa sua mais recente tarefa: levarem-me até ao Mike, viva ou morta. Eu prefiro não ir mas, se tiver que ser, escolho ir morta. Tudo é preferível ao castigo que uma pessoa poderosa e traída é capaz de aplicar. (continua...)

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Misery


               Sinto-me um pouco assim para o... miserável.

sábado, 17 de setembro de 2011

Eu? Não...


                Eu? Nervosa? Não, estou super calma a lavar a loiça, para não pensar em coisas tristes, como as colocações deste ano. Nervosa? Eu? Não! Ainda só parti um copo… Nervosa, eu? Não, eu até dormi bem até às quatro da manhã, porque a partir daí deu-me uma dor de estômago que pensei que ia morrer. Mas morrer nem seria assim tão mau, o pior mesmo era morrer sem saber as colocações…
                Ai! Que dia o de hoje!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Férias...


                Sinceramente? Mesmo sinceramente? A mim, não me apetece fazer nada, mas também não me apetece ficar o dia todo sem fazer nada. Quero fazer alguma coisa, mas não tenho vontade de fazer nada…
                Estes dias contraditórios são lixados…

domingo, 4 de setembro de 2011

Prémios MTV

             Apesar de não seguir com muita atenção os prémios MTV(porque até nem tenho TV Cabo), gosto de saber os vencedores de cada uma das categorias. E estava eu a ver o telejornal quando, entre outras coisas, me chamou a atenção que o prémio de melhor videoclip foi para a música da Katy Perry, Firework. Um videoclip que muita gente sempre disse que era uma metáfora para a ejaculação. A primeira vez que vi o vídeo no youtube vi aquele pequeno fogo de artifício como uma manifestação da alegria interior que as diversas personagens do vídeo sentiam. Do tipo de aquela alegria que se sente no coração. Achei a ideia engraçada e até gostei. E agora que penso nos comentários maldosos que li, digo” Pois é bem feito!” porque, no final de contas, foi uma boa ejaculação. Ora toma lá e embrulha.