domingo, 10 de junho de 2012

Refletir


                Há dias em que é necessário refletir. Acerca de nós, acerca do mundo. Refletir e, de preferência, chegar a conclusões que possam de alguma forma tornar a nossa vida melhor, mais harmoniosa, calma e segura. Nem sempre as conclusões surgem, nem sempre a harmonia é alcançada. Por vezes, só a dúvida e a inquietação, os preconceitos e as ideias formadas que, como rochas, se apresentam no nosso pensamento e impedem que vejamos a verdade nua, crua, objetiva.
                Estas rochas no pensamento tornam-nos vulneráveis aos erros, às falácias e tornam-nos crentes em modelos baseados em valores que não são, de todo, promotores de igualdade.
                 E é precisamente contra estas rochas que eu luto todos os dias, contra estas ideias pré-concebidas que a sociedade me impinge todos os dias, contra esta ideia generalizada de que a beleza é tudo (e a qual, infelizmente, condicionou muitas das minhas ações) e que a perfeição existe. Descobri que estes conceitos são muito subjetivos e creio que, nos próximos dias, vou descobrir mais algumas coisas…

quarta-feira, 25 de abril de 2012

terça-feira, 24 de abril de 2012

Titanic

Chovam críticas e ironias: sim, eu ainda não tinha visto o filme "Titanic". Porquê? Porque não aprecio filmes que me façam lembrar ainda mais a desgraça que a vida humana pode ser. Faz-me uma certa confusão estes filmes porque sofro tudo aquilo com demasiada intensidade, tenho vontade de me levantar da cadeira(ou da cama) e, perdoem-me a expressão, espetar um murro aos maus da fita. Gosto mais de filmes de ficção com muitos efeitos especiais, comédias (ADORO!) e documentários. Pelo menos transportam-nos para uma realidade paralela, bem diferente daquela em que habitamos.
Mas pronto, lá me rendi e fui ver em 3D. Sem comentários a fazer.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Thinking about... the change.

    É difícil combater algo que, em nós, é inato, natural, que fazemos sem pensar. Precisamente porque, para alterar qualquer aspecto do nosso comportamento, temos que pensar nas coisas antes de as fazer ou dizer, desviando a atenção de outros acontecimentos ou factores. É precisamente isto que leva muita gente a perpetuar comportamentos que até pode achar errados, apensa pelo simples facto de dar “demasiado trabalho” corrigi-los. No fundo, tudo se resume à lei do menor esforço: “se eu estou aqui, descansada, porque razão me hei-de dar ao trabalho de me tentar modificar?”. Para mim a resposta é óbvia – a mudança, desde que para melhor, é sinónimo de evolução e denunciadora de capacidade de adaptação e esforço (porque implica muito esforço) no sentido de mudar algo que pode já estar consolidado há anos. Isto vindo de mim até parece muito fácil, e compreendo que para os adultos isto seja mais difícil: perde-se uma parte da capacidade de adaptação e de resolver problemas. Mas o importante é tentar. Com persistência (quase) tudo se consegue.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Hoje


             Hoje estou assim para o frouxa. Não me sinto muito feliz, mas também não me sinto muito triste. Não me apetece contar piadas secas e sem graça nem rir de coisas sem jeito nenhum. Hoje apetece-me ser melancólica e ouvir músicas de amor, ler daqueles livros que têm histórias com tanto amor à mistura que me fazem imaginar os protagonistas como ventosas, sempre agarrados um ao outro. Pois é, hoje estou num estado de carência afetiva profundo e juro que se um sapo verde me dissesse para o beijar, o faria de certeza. Tudo isto porque estou à demasiado tempo sem o calor masculino, demasiado mesmo. Mas, por mais falta que me faça, prefiro este sentimento de abstinência do que me converter naquilo que muita gente de gaja oferecida, também designada de pêga. Prefiro estar triste do que “saltar para o boxer” do primeiro cromossoma Y que me aparecer, pelo menos assim preservo a minha honra e dignidade.
                Acho que o primeiro fator que me está a impedir de me relacionar com o sexo oposto é sem dúvida a minha aparência. Quando eu me vejo ao espelho, não gosto da imagem que ele me devolve. Tento mentalizar-me que a imagem não é tudo, que tenho um conteúdo psicológico bom, mas não vale de nada porque até agora ninguém se aproximou de mim por isso. A sociedade também não ajuda e faz favor de me fazer observações do género “agora estás mais gorda” ou “a tua mãe da tua idade não era assim”. E apesar de eu mostrar desprezo quando me dizem isto, o que vai dentro de mim é uma vontade real e quase incontrolável de chorar. Chorar porque me sinto mal sendo assim, chorar porque já tentei fazer dieta mas não consigo, porque fico triste e a minha forma de compensar é comendo. Já pensei em comprar comprimidos, mas depois penso que prejudico a minha saúde e recuo. Mas é uma vontade que está a ganhar cada vez mais terreno em mim, porque dia após dia, ano após ano, nada muda. Continuo na mesma, continuo sozinha e triste. Todos os anos no ano novo peço a mesma coisa, até agora a merda continua a ser a mesma. Por mais pedidos que faça a essa entidade desconhecida e supostamente divina, até agora o meu pedido ficou em lista de espera.
               

domingo, 25 de dezembro de 2011

Uma desinteressante reflexão acerca da (minha) condução

                Hoje apetece-me refletir. É uma atividade tão bonita e tão inspiradora que, pelos vistos, tenho vindo a executar muito poucas vezes ultimamente. E refletir sobre o quê? Ora, como na minha monótona e desinteressante vida não existem grandes novidades, refletir sobre aquele tópico sobre o qual eu falo com alguém sempre que tenho uma oportunidade: a minha carta de condução. Sim, eu sei que é um tópico chato, mas eu tenciono continuar a importunar as pessoas com isto até que uma voz corajosa e potente me mande calar em alto e bom som.    
                Pois é, fui recentemente incluída na família automobilista portuguesa, na categoria de perigo público para a segurança e integridade da população em geral. Posso dar alguns conselhos que poderão ser muito úteis para quem queira preservar a sua vida:
                - se me virem a conduzir, fujam o mais rapidamente possível e não olhem para trás;
                - se forem a atravessar uma passadeira, olhem sempre para o condutor da viatura, não se dê o caso de ser eu e, então, existe um risco real de ficarem com um número superior de ossos do que o existente inicialmente.
                - se forem para estacionar o vosso carro junto do meu, guardem uma grande distância de segurança, que vai servir para isso mesmo – para vossa segurança.
                - se um dia me quiserem ultrapassar, pensem duas vezes – eu não responsabilizo pelo resultado.

                Enfim, como podeis verificar, um dos meus numerosos dotes não é a condução. Ainda que eu tenha passado no exame, considero que sou bastante má a conduzir. E uma coisa é conduzir em cidade, que é muito fixe, outra coisa é conduzir por uma estrada sinuosa, estreita e sem traço que, para ser poética, posso comparar à minha vida e às dificuldades que tive que enfrentar que, para dizer a verdade, até agora nem foram assim tantas.
                E este é mais um dos textos que eu produzi naquelas alturas em que eu acho que até tenho uma certa graça.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Ufaaaaaa......


              Hoje experimentei uma nova sensação. Aquela de conseguir uma coisa há muito desejada, algo que ansiei durante toda a minha vida. Para mim significava o passar de adolescente a um novo membro do mundo dos adultos, ou seja, de passar do condicionamento da minha liberdade por parte dos meus pais para a uma maior liberdade, ainda que moderada. Há já muito tempo que o desejava e isto, sinceramente, andava a consumir-me por dentro. Mas, por outro lado, agora que atingi este meu objetivo, olho à volta e… nada. Pensei que iria saltar, correr e gritar de alegria mas isso não aconteceu. Fiquei contente e aliviada. Mas não senti vontade de cantar nem de gritar. Foi tudo muito normal.
                Há, já agora, hoje passei no exame de condução =)