Hoje apetece-me refletir. É uma atividade tão bonita e tão inspiradora que, pelos vistos, tenho vindo a executar muito poucas vezes ultimamente. E refletir sobre o quê? Ora, como na minha monótona e desinteressante vida não existem grandes novidades, refletir sobre aquele tópico sobre o qual eu falo com alguém sempre que tenho uma oportunidade: a minha carta de condução. Sim, eu sei que é um tópico chato, mas eu tenciono continuar a importunar as pessoas com isto até que uma voz corajosa e potente me mande calar em alto e bom som.
Pois é, fui recentemente incluída na família automobilista portuguesa, na categoria de perigo público para a segurança e integridade da população em geral. Posso dar alguns conselhos que poderão ser muito úteis para quem queira preservar a sua vida:
- se me virem a conduzir, fujam o mais rapidamente possível e não olhem para trás;
- se forem a atravessar uma passadeira, olhem sempre para o condutor da viatura, não se dê o caso de ser eu e, então, existe um risco real de ficarem com um número superior de ossos do que o existente inicialmente.
- se forem para estacionar o vosso carro junto do meu, guardem uma grande distância de segurança, que vai servir para isso mesmo – para vossa segurança.
- se um dia me quiserem ultrapassar, pensem duas vezes – eu não responsabilizo pelo resultado.
Enfim, como podeis verificar, um dos meus numerosos dotes não é a condução. Ainda que eu tenha passado no exame, considero que sou bastante má a conduzir. E uma coisa é conduzir em cidade, que é muito fixe, outra coisa é conduzir por uma estrada sinuosa, estreita e sem traço que, para ser poética, posso comparar à minha vida e às dificuldades que tive que enfrentar que, para dizer a verdade, até agora nem foram assim tantas.
E este é mais um dos textos que eu produzi naquelas alturas em que eu acho que até tenho uma certa graça.
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