domingo, 21 de agosto de 2011

Esperar e esperar e esperar

            Chegou, então, a altura mais difícil daquele que é o processo de candidatura ao ensino superior. Durante um mês teremos que esperar e esperar e esperar. Vamos pensar muitas vezes no futuro, e nessas alturas vamos sentir uma ligeira pontada no coração, uma certa ansiedade quando tivermos que fazer a nós próprios a tal pergunta: E agora, como vai ser?
           Muitos receiam o que o futuro lhes trará, temem as praxes e a distância daqueles que lhes são mais queridos. Outros encaram isto como uma nova aventura e levam consigo na bagagem a vontade de fazer novas amizades e explorar um novo mundo. Para outros esta é a oportunidade de saírem do território parental que, como todos sabemos, tem limites bem definidos e difíceis de transpor.
           Agora, vou falar mais a título pessoal: eu optei por um curso que tenho plena consciência ser um daqueles em que é difícil arranjar trabalho (sublinhei trabalho, que é  bem diferente de emprego), mas sei que se optasse por um curso com muitas saídas profissionais mas que não gostasse, ou desistiria a meio do curso ou então viveria o resto da minha miserável existência infeliz com a minha ocupação profissional. Por esta razão, prefiro ser feliz e desempregada, do que infeliz e empregada. Se não conseguir trabalho naquela área não faz mal. Não me envergonho se tiver que servir cafés ou limpar ruas. São trabalhos tão dignos como qualquer outro. Vergonha é roubar, não trabalhar onde mais ninguém quer de forma digna e paga (pena é que muita gente ainda não entendeu isso).



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