segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Gostos são gostos

            Eu sou uma pessoa com problemas. Nem muitos nem poucos: apenas alguns que me dão que fazer e ocupam todo o tempo em que poderia estar a tratar de arranjar ainda mais problemas. Um deles é por muitos considerado um defeito: gosto de homens mais velhos. Sou incapaz de me apaixonar por alguém da mesma idade que eu ou mais novo porque nunca consigo encontrar pontos comuns. Normalmente, rapazes da minha idade não compreendem os meus vícios, gostos e hábitos: acham-nos de tal forma estranhos que acabam por se afastar. Eu não faço as mesmas coisas que o pessoal da minha idade costuma fazer: beber até cair, fumar, frequentar discotecas até altas horas da madrugada, experimentar cenas maradas que te fazem ter alucinações. Eu simplesmente encontro a beleza da vida num bom livro, num bom chocolate, numa bela tarde de pôr-do-sol ou num dia frio de chuva. Eu encontro a beleza da vida nas palavras e na fotografia. Acredito que o amor não está no final das sms com a palavra “amo-te” escrita trezentas vezes no final, mas acho antes que o amor está no dia-a-dia e em telefonar quando menos se espera. Os homens mais velhos conseguem compreender os meus sonhos, os meus desejos e as minhas aspirações, sem fazerem críticas sem fundamento. Têm a experiência de vida suficiente para dizer “Não vás por esse caminho”, mas também para nos deixar percorrer caminhos errados afim de encontrarmos uma lição de vida no fim. Homens mais velhos reparam mais nos pequenos gestos e dão valor ao sorriso.
            Não estou a dizer que os homens mais novos não têm qualidades. Só que são… Diferentes.

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